Mutirão em Araçuaí realiza mais de 190 casamentos
Iniciativa do Cejusc local é um passo em direção à cidadania e garante direitos
A comarca de Araçuaí foi palco, no último sábado (13 de julho) da cerimônia de entrega das certidões de casamento aos casais participantes do 1º Mutirão de Conversão de União Estável em Casamento. A iniciativa foi do Centro Judicial de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), que tem à frente a juíza Luciana Mara de Faria.
A magistrada detalha que mais de 190 casais dos seis municípios da comarca (Araçuaí, Coronel Murta, Itinga, Padre Paraíso, Ponto dos Volantes e Virgem da Lapa) se inscreveram para o mutirão. “Superou nossas expectativas. A conversão de união estável em casamento fomenta a cidadania, pois facilita o alcance de direitos”, disse.
No mutirão, foram convertidas uniões estáveis de casais com 20, 30 e até 40 anos de convivência, que não puderam se casar antes por não possuírem recursos financeiros suficientes.
De acordo com a juíza, todos os trâmites legais e a cerimônia foram realizados de forma gratuita, uma vez que os casais comprovaram previamente sua hipossuficiência.
Dias antes da cerimônia de entrega das certidões os casais participaram de audiências pré-processuais no Cejusc – só no sábado anterior, 6 de julho, foram feitas 93 audiências. Nelas, foram apresentados os documentos comprobatórios da união estável e colhidos os depoimentos das testemunhas.
Ouça o podcast com a entrevista sobre o mutirão:
O casamento
O mutirão foi acompanhado por convidados dos casais, prefeitos municipais, vereadores e advogados, entre outros. A apresentação do Coral “Meninos de AraçuaÍ”, famoso grupo criado em 1998 e que reúne crianças e adolescentes do Vale do Jequitinhonha que já se apresentaram pelo Brasil e até no exterior, levou ainda mais alegria ao evento.
Um padre e um pastor realizaram um culto ecumênico e, no final, houve a bênção das alianças. Os casais foram chamados, um a um, para receber a certidão de casamento entregue pelas autoridades presentes. Para comemorar, houve um bolo e pose para fotos.
Fonte: TJ/MG
