Clipping – Canaltech – Brasil registra primeira união estável entre duas mulheres utilizando blockchain

Casamento

O Brasil registrou o primeiro casamento entre duas mulheres utilizando a tecnologia blockchain no dia 13 de setembro de 2018. O contrato de união estável celebrado entre Isnaylha Ereshkigal e Kalyna Lordão foi assinado por meio da plataforma OriginalMy, onde as noivas criaram suas respectivas identidades digitais verificadas e assinaram eletronicamente o documento, que tem valor jurídico equivalente ao papel.

A tecnologia de blockchain é uma base de dados criptografada e descentralizada, onde informações podem ser armazenadas de forma segura e impossível de se alterar, contribuindo para com a redução da burocracia sem perder de vista a preocupação com a segurança da informação. Todos os atos realizados em blockchain obedecem à legislação nacional, como é o caso das assinaturas eletrônicas utilizadas no casamento de Isnaylha e Kalyna, que possuem embasamento e validade jurídica de acordo com a Medida Provisória 2200-2/2001.

Também no dia 13 de setembro, Edson Neto, fundador da empresa RecBit e entusiasta de blockchain, realizou o registro de nascimento por meio da OriginalMy, por meio de uma Declaração de Nascido Vivo (DNV), de sua filha Maria Júlia, nascida em 30 de agosto. A declaração, emitida pela maternidade onde a pequena veio ao mundo, é o documento necessário para que o Cartório de Registro Civil possa confeccionar a Certidão de Nascimento de Maria Júlia.

A OriginalMy tem como objetivo fornecer serviços de autenticação de identidade com uso de blockchain visando diminuir a burocracia dos serviços notariais. Em parceria com o Cartório Azevêdo Bastos, na Paraíba, permite que os cidadãos não precisem mais se deslocar até o cartório e enfrentar filas para autenticar cópias de documentos, podendo realizar tudo online e com garantia de validade em todo o território nacional.

A Zaif, empresa japonesa de câmbio de criptomoedas, foi vítima de um roubo de quase US$ 60 milhões em moedas digitais. Quem confirmou o fato foi a Tech Bureau, dona da marca Zaif.

O roubo aconteceu entre os dias 14 e 18 de setembro, quando o servidor da empresa foi hackeado através de uma porta de acesso para a internet. Neste período, foi roubado um total de US$ 59,67 milhões em moedas digitais, sendo que US$ 40 milhões pertenciam a clientes da empresa de câmbio, e o restante pertencia à própria Tech Bureau. Entre as moedas roubadas encontravam-se bitcoins, monacoins e bitcoin cash.

Esse não é o primeiro roubo do tipo que acontece no Japão. O mais famoso deles aconteceu em 2014 com a empresa Mt. Gox, na época o maior câmbio de bitcoins do mundo, que sofreu um roubo de tamanha proporção que obrigou a empresa a pedir falência. Outro grande roubo também aconteceu em janeiro deste ano com a Coincheck, onde foram furtados US$ 530 milhões em moedas digitais.

No momento, a Tech Bureau afirma que já está trabalhando para cobrir as perdas de todos aqueles que tiveram os bitcoins roubados. Além dos cofres da empresa, o roubo pode acabar afetando também o modo como a Agência de Serviços Financeiros do Japão (FSA) irá tratar as transações com criptomoedas daqui para frente, já que a quantidade de roubos em grande escala envolvendo esses serviços está deixando a agência cada vez mais preocupada com a questão da segurança.

Fonte: Canaltech

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